O lugar da leitura na era da internet

Desde crianças somos estimulados, através dos nossos pais e da escola, a criar o hábito da leitura, essencial para a habilidade da escrita. Apesar de muitas escolas primárias já incluírem na rotina escolar aulas de computação, inclusive com noções de busca na internet, as bibliotecas de livros ainda existem e a cultura da leitura também. Algumas instituições adotaram projetos voltados a esse incentivo, com iniciativas como troca de livros e sessões de leitura.

Entretanto, no Brasil, a situação ainda é bastante precária. E de fato, os números indicam que o brasileiro lê pouco. Trata-se de uma questão cultural, portanto mais difícil de ser modificada, principalmente nos adultos. Por isso as políticas de incentivo à leitura na infância são tão importantes, pois os hábitos ainda estão em formação e as crianças ávidas por conhecimento, histórias, fantasias e aventuras. Todavia, os livros continuam caros e restritos à pequena parcela da população que consome conhecimento.

As discussões sobre a importância do hábito da leitura sempre estiveram em pauta. Desde que a televisão foi inventada os críticos alertam que a mídia eletrônica destruiria esse hábito. Atualmente, entretanto, as especulações sobre os novos costumes estão mais calorosas, especialmente por conta das infinitas possibilidades de leitura rápida, interativa, confortável e econômica, possibilitada pela internet através dos blogs, twiters, facebooks, MySpace, e-books e por aí vai. São novas maneiras de leitura que estão transformando o modo como nos relacionamos com os livros e até mesmo o entendimento do que significa ler.

Para os mais velhos, aderir às novas tecnologias pode demorar. Alguns simplesmente ignoram os fatos se recusando a aceitar a mudança e abandonar o companheiro livro. Mas as crianças e os jovens, nascidos na era das frases sem pontuação e palavras abreviadas, ler um livro pode significar coisa da idade da pedra.

Sim, talvez seja mais enriquecedor ler cinco sites, um artigo de opinião e um blog sobre o mesmo assunto do que ler um pesado livro de 200 páginas. Mas o desenvolvimento intelectual e pessoal e o prazer da leitura de uma boa obra não devem ser dispensados, pois ensinam a selecionar o que vale ou não a pena ser lido na infinita biblioteca da internet.

Conheça o Kindle, o leitor de livros que tem revolucionado a leitura, e é capaz de ameaçar a existência do papel

Se o livro, a internet e todos os outros meios de comunicação já foram capazes de abalarem as estruturas de disseminação de informação e representarem uma extraordinária mudança no comportamento da comunicação humana, um novo dispositivo tem alterado ainda mais a vida de todas as pessoas, sobretudo nos hábitos da leitura.
O Kindle, um tipo de leitor eletrônico que começa a ser finalmente vendido a partir dessa semana no Brasil, a um preço aproximado de R$1mil, vem conquistando um espaço cada vez maior pelo mundo - o aparelho já é a maior sensação nos Estados Unidos e na Europa. E seu fascínio não se resume só a uma simples novidade tecnológica: o dispositivo que possui o tamanho médio de um livro, mecanismos de busca e espaço para anotações, é capaz de armazenar mais de 200 obras (entre livros, revistas e jornais) que podem ser baixados ou não, via internet, através de uma rede sem fio (3G) disponibilizada pelo próprio aparelho.

Não é à toa, que a nova sensação do momento tem causado uma grande transformação no mercado editorial. O Kindle, vendido pela Amazon - maior livraria do mundo - para mais de cem países, tem como aliada, uma parceria com editoras e escritores que passaram a disponibilizar livros para download a preços muito mais acessíveis. Seguindo a mesma linha, jornais e revistas também estão disponibilizando seus conteúdos através do aparelho.

Seria o fim do papel? Há quem aposte que o leitor eletrônico que possui uma facilidade de uso e um grande conforto de tela, surja como um forte potencial para quebrar a relação que estabelecemos com o papel desde 1439 - quando Gutenberg inventou a prensa – e seja capaz de ameaçar o meio de comunicação mais antigo, desde a invenção da escrita: o livro. Basta recorrermos à antiguidade, nos tempos de Grécia e Roma, para lembrarmos como o surgimento do livro afetou toda uma cultura, hábitos e a economia de uma nação, e fazermos um paralelo com a popularização de seu possível sucessor (o Kindle).
Ainda não dá para afirmar, ao certo, o que vai acontecer com o Kindle, mas não é impossível concluir que essa transformação vai mudar, e muito, a forma com que nos relacionamos com os livros, jornais e revistas.Também não é difícil pensar no impacto dessas mudanças no mercado editorial e desde já refletir sobre o que será do futuro do papel no planeta. Contudo, não há duvidas de que o impacto dessa nova ‘tecnologia’ provocará alterações culturais, antes imagináveis.

Abaixo, tudo o que você precisa saber sobre esse novo aparelho:

Qual é o tamanho do Kindle?
Existem dois modelos de Kindle. O tradicional (Kindle 2) tem as dimensões de um livro (20,3cm) e pesa 290g. O modelo mais recente é um pouco maior, mas não estará disponível no Brasil por enquanto.

Como funciona?
É parecido com uma das lousas magnéticas de crianças. Possui botões que permitem virar as páginas e dispositivos de buscas por palavras-chave. Nele é possível também selecionar trechos para destacar e/ou fazer anotações no pé da página.

Qual é o grande benefício do Kindle?
Além de armazenar mais de 200 livros, ser de fácil manuseio, e ter uma tecnologia de tinta eletrônica (que dá a sensação de estar lendo diretamente no papel, o que permite uma leitura confortável, pois não emite luz própria), ele consome muito pouca energia. Quando carregada, sua bateria dura mais de 48 horas.

Como eu faço para comprar um?
A versão internacional do Kindle está à venda exclusivamente no site da Amazon (amazon.com) e pode ser comprada apenas com cartão de crédito internacional.

Qual o preço?
O aparelho custa US$279, que somando à taxa de entrega (US$20,98) e ao imposto de importação (US$ 285,34), pode chegar até US$ 585,32, o que equivale a cerca de R$ 1 mil.

Quando ele chega a minha casa?
A entrega dos primeiros pedidos, segundo a Amazon, será feita entre os dias 21 e 27 de outubro.

Como eu faço para comprar livros-eletrônicos?
Você pode comprar de duas formas: ou pelo computador, através do site da Amazon, ou diretamente pelo aparelho, se ele estiver na área de cobertura 3G ou GPRS.

Com que operadora o Kindle funciona?
A empresa ainda não divulgou qual operadora de celular vai fornecer conexão para o Kindle no Brasil. O processo ainda está em negociação.

Eu só posso ler livros, revistas e jornais comprados na loja da Amazon?
Não. O Kindle lê diversos formatos de livros digitais, inclusive arquivos de Word e PDFs. O dispositivo também reproduz música e audiobooks.


Você já sorriu hoje?


Na correria do dia a dia muitas vezes nos esquecemos de gestos simples, fáceis de serem realizados, porém difíceis de serem vistos, como sorrir, oferecer sinceros desejos de boa tarde, obrigada, com licença e por aí vai. Estamos tão ocupados conosco, com nossas responsabilidades e nossos compromissos, que nos fechamos como ostras, tornando-nos pessoas hostis e individualistas. O medo da violência agrava ainda mais esse ostracismo, pois nos faz andar acuados, assustados com nossa própria sombra.

Nesse contexto, valores e pequenos atos como a solidariedade, o respeito ao próximo e a generosidade andam meio esquecidos. O que se vê nas ruas e nos estabelecimentos comerciais são pessoas cabisbaixas, mal-humoradas e insatisfeitas, algumas até mesmo reclamando da vida. Às vezes até podemos nos deparar com indivíduos que parecem felizes sem nenhum motivo. Eles falam e cantam sozinhos e desses pensamos: “... olha lá que maluco, falando e sorrindo sozinho”! A felicidade virou uma estranha nos dias atuais e talvez por isso os horários dos psicólogos estejam todos preenchidos por gente que não consegue ser feliz.

Diversas pesquisas já demonstraram que o sorriso pode amenizar as dores, reduzir o estresse e curar doenças, como o câncer. Uma delas sugeriu que o sorriso de um bebê à mãe causa a mesma sensação de prazer obtida com o uso de drogas. Outras comprovam: sorrir rejuvenesce, estimula o cérebro e ainda queima calorias. Na esfera profissional, o sorriso pode abrir portas, pois algumas empresas o encaram como habilidade na hora da contratação. Entre o candidato competente, de “cara fechada” e que lida mal com as pessoas e o outro que possui menos experiência, mas um tremendo bom humor, a empresa fica com o segundo. A justificativa é que o primeiro pode contagiar a todos com o seu mau humor e acabar não obtendo os resultados desejados. Faz sentido.

No Brasil, algumas organizações, como por exemplo, a “Doutores do Riso” têm conseguido resultados extraordinários, visitando hospitais e levando alegria aos pacientes e aos funcionários. E sabe como? Apenas sorrindo, de acordo com o ensinamento do poeta Mario Quintana: “O sorriso enriquece os recebedores, sem empobrecer os doadores”. E você, já sorriu para alguém hoje?