Os jornais impressos estão com os dias contados?


A Associação Nacional de Jornais (ANJ) celebrou, no dia 18 de agosto, seu 30º aniversário. A data, que consolida três décadas de uma história de lutas pela liberdade de imprensa e a valorização dos jornais em uma sociedade livre e democrática, também traz à oportunidade a reflexão da seguinte incerteza, que vem sendo intensificada com a expansão da internet, a partir da década de 90: o jornal impresso vai sobreviver às cada vez mais rápidas, baratas e inovadoras formas digitais de disseminação da informação e do conhecimento?
A questão é controversa e inspira diferentes opiniões. Do lado dos que acham que o jornal impresso está com os dias contados, estão os que atribuem o seu provável sumiço a causas naturais, sendo ele substituído, involuntariamente, por novas mídias. Muitas pesquisas afirmam, nesse sentido, que a internet já superou os jornais como mídia preferencial, estando bem próxima, inclusive, da TV. Há também os que dizem serem os próprios jornais assassinos de si mesmos, quando cortam custos demitindo bons jornalistas e pecando pela falta de qualidade.
Os que acreditam na sobrevivência dos jornalões atribuem a defesa ao fato de que a informação on-line, muitas vezes restrita a assinantes ou alvo de desconfiança quanto à sua credibilidade, acaba aumentando o interesse dos leitores pelo produto em papel. Por isso, muitos empresários do setor continuam investindo na modernização dos parques gráficos dos seus jornais. Outro fato que corrobora a não extinção dos jornais, é que no Brasil o número de pessoas com acesso a computador ainda é restrito.
É plausível aceitar que cada corrente de pensamento sobre a extinção ou não do jornal tenha o seu valor. E assim como o rádio soube se reinventar e sobreviver, depois do advento da TV, o jornal impresso também o necessitará, alinhando-se ao online de maneira bem criativa. O que não pode faltar, seja na tela ou no papel, é independência, diversidade de opinião num mesmo veículo, além, é claro, de informações de qualidade e confiáveis.




1 comentários:

Fernando Bastos "merreca" disse...

Debate de grande valia; acho de verdade que o jornal impresso; corre risco, e isso não simplesmente pq a papulação vai migrar para a mídia digital, e sim pq os próprios jornais, estão desqualificando o seu pessoal e principalmente o seu conteudo; jornalistas do impresso são muito mal remunerados em comparação aos de Tv e até mídia eletronica em geral; Sinto falta de coisas que acresentem a papulação no impresso; diariamente somos obrigados a ver capas reepletas de violencia, sangue e futebol; faltam materias de teor mais apurado, mas profundo; foi citado no video a diferença entre tv e impresso e acho que deve ser por ai; a noticia dada pela tv na noite anterior deve ser aprofundada no impresso, por último vale lembrar que a qualidade do seu produto,, nesse caso o jornal, influencia diretamente no seu anunciante; que poderia pagar mais de espaço de sua mídia; ja na mídia digital; vc abre uma pagina e vem um pop ja te obrigando a ver a mídia que vc nem se interessaria em ver; vale resaltar que o grande problema do impresso hj; não é a tecnologia e sim o próprio impresso.

Fernando Bastos(reporter cinematográfico e dir. de fotografia tv)