A Blogosfera e o Jornalismo


Desde que surgiu, nos EUA - no final dos anos 60 - a internet vem revolucionando o eixo mercadológico, através da necessidade de atualização de muitos profissionais, sobretudo, os jornalistas. Assim foram com as agências de notícias, com os portais de conteúdos, homepages, comércio eletrônico, sites de relacionamentos, programas de bate-papos etc. Ao mesmo tempo em que as novas tendências exigiam uma rápida adaptação na forma de se fazer jornalismo - aumentando cada vez mais o nosso mercado de trabalho - grandes discussões foram implementadas no ramo. O jornalismo praticado por todos e de diferentes formas, passa agora a ser regido por um sistema de autogestão.
Ao explicar a história da internet em 'Internet e sociedade em rede' Manuel Castells, defende o desenvolvimento da tecnologia como sendo uma arquitetura da informação aberta e livre desde o início. Para o sociólogo, o acesso aos códigos da tecnologia foi e segue sendo aberto na base da capacidade de inovação constante.
Tais reflexões nos indicam a pensar que não é a internet que muda o comportamento, mas sim as pessoas que se apropriam dela e mudam a internet. O mesmo acontece com a forma de jornalismo praticado em redes. Ao contrário de que muitos comunicólogos temem, publicar informações de forma irresponsável e destemida, através de uma ferramenta que possibilita disseminar conteúdo para um mundo inteiro, estar longe de ameaçar qualquer carreira. Mas o desafio existe e precisa ser vencido com conteúdo de qualidade!
Ao dar voz e tornar possível a qualquer um publicar o que pensa, a internet se tornou a forma de comunicação mais inovadora dos últimos anos. É fácil observar isso se pegarmos como exemplos as principais formas de relacionamentos da rede, no mundo (na ordem do mais utilizados): MSN, Facebook, MySpace, Orkut, Youtube, blogs, Fotologs, e o mais recente Twitter. Mas essas ferramentas não se tornaram apenas numerosas. Elas deixaram o universo alternativo e vêm influenciando diretamente na forma de fazer comunicação séria no mundo. Muitas estão, cada vez mais, sendo utilizadas por diversas empresas (de comunicação ou não), como estratégia de busca no alcance dos objetivos e metas.
Surgido há dez anos, os blogs, por exemplo, estão deixando de ser um 'diário de adolescente' e se tornando uma poderosa estratégia de renda e proximidade com o cliente, utilizado por um número cada vez maior de empresas e demandando cada vez mais profissionais qualificados.
Eis que um novo eixo surge para o jornalismo. E com ele, o mundo de fontes confiáveis e administradas por profissionais, tem aumentando a credibilidade e a seriedade desse tipo de comunicação. Tudo isso influi diretamente na atuação do comunicador que se ver obrigado a se render às novas ferramentas, aderindo a blogs e outra mídias sociais, se não quiser se tornar um ser ultrapassado. A situação se agrava ainda mais quando se trata de profissionais de comunicação que não possuem, atualmente, um espaço para expor suas efervescências intelectuais, fazendo uso dos atributos oferecidos na universidade. Afinal, no jornalismo tudo parece experimental, e realmente é, se consideramos o tempo de vida do rádio e da televisão que ainda sofrem transformações. Imagine um veículo inovador como a internet...

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